CAPOEIRA
“A
capoeira luta pela libertação pela arte e cultura de nossas raízes, passou (e
continua passando) por um processo natural de transformação e hoje em dia está
integrada a outras ferramentas socioculturais e, se bem utilizada em seus
respectivos fundamentos, pode voltar a transformar vidas e até mesmo o destino
de um País, assim como já o fez”.
A
capoeira é uma arte marcial ou dança com elementos de origem africana trazida
para o Brasil pelos escravos no século XVI, quando ainda éramos colônia portuguesa.
A dança tornou-se popular por aqui e foi sendo passada geração após geração até
se tornar uma dança típica no nosso país.
Uma das
pessoas que colaborou (e muito) na popularização da capoeira no século XX foi
Manoel dos Reis Machado, que ficou conhecido como Mestre Bimba. Nascido em 23
de novembro de 1900, há exatos 111 anos, Mestre Bimba foi o criador da chamada
capoeira regional, cujo nome original era Luta Regional Baiana. Manoel dos Reis
Machado faleceu em 05 de fevereiro de 1974, aos 73 anos.
A
energia dos
treinos e das músicas, as cantigas e contos, a história, os fundamentos, a luta (diferentemente de briga) e outros elementos fazem com que os capoeiristas de hoje tenham mais responsabilidades do que somente a de “jogar a perna para o ar” ou simplesmente “atingir ao outro”.
treinos e das músicas, as cantigas e contos, a história, os fundamentos, a luta (diferentemente de briga) e outros elementos fazem com que os capoeiristas de hoje tenham mais responsabilidades do que somente a de “jogar a perna para o ar” ou simplesmente “atingir ao outro”.
O
berimbau: é o instrumento musical ícone da Capoeira (considerado instrumento-rei),
composto por um arco (envergado por um arame, portanto monocórdio), cabaça,
caxixi, dobrão e baqueta que tem por função prover o toque da roda de capoeira
e tem o poder de ditar a regra do jogo. Cada toque traz um fundamento e o
capoeirista deve ser capaz de diferenciar cada um deles e apresentar o jogo
correspondente. Alguns exemplos de toques são: São Bento Pequeno, São Bento
Grande de Angola, Santa Maria, Idalina, Cavalaria, Benguela, Iuna, Samba de
roda, Amazonas, Apanha laranja no chão tico-tico, cada um com sua respectiva
história e fundamento.
O atabaque é um instrumento usado na
capoeira de origem árabe, que foi introduzido na África por mercadores que
entravam no continente através dos países do norte, como o Egito.
É geralmente feito de madeira de lei
como o jacarandá, é um instrumento de forma cônico cilíndrica, na parte
superior, a mais larga, são colocadas ''travas'' que prendem um pedaço de couro
de boi bem curtido e muito bem esticado. É o atabaque que marca o ritmo das
batidas do jogo. Juntamente com o pandeiro é ele que acompanha o solo do
berimbau.
No
Brasil, o pandeiro entrou por via portuguesa (origem provável é árabe). O negro
aproveitou o pandeiro para utiliza-lo em seus folguedos. O pandeiro era usado
para acompanhar as procissões religiosas, assim como ele fez parte da primeira
procissão que se realizou no Brasil, em 13 de junho de 1549 na Bahia (Corpus Christi).
Feito de couro de cabra e madeira, de forma arredondada, É o som cadenciado do
pandeiro que acompanha o som do berimbau, dando "molejo" ao som da
roda. Ao tocador de pandeiro é permitido executar floreios e viradas para
enfeitar a música.
·
AGOGÔ
O Agogô é um instrumento de origem
africana composto de um pequeno arco, uma alça de metal com um cone metálico em
todas as pontas, estes cones são de tamanho diferente, portanto produzindo sons
diferentes que também são produzidos com o auxílio de um ferrinho que é batido
nos cones. Também faz parte da '' BATERIA'' da roda de capoeira Angola da
Bahia.
Atabaque, pandeiro e
agogô: eles entram necessariamente nesta ordem para acompanhar o ritmo do
berimbau e constituir a “bateria” da roda de Capoeira.
E as crianças, podem ser praticantes de
Capoeira, este é um dos mais gratificantes momentos na vida de um Mestre! Por
princípio, acreditamos que trabalhar na formação de uma criança é tratar a
essência do futuro, no presente. Crianças, na Capoeira, que brincam, estudam,
cantam, tocam, jogam, descobrem o seu respectivo potencial e respeitam a
diversidade tendem a ser os futuros Mestres (Cidadãos) da paz e difusores da
Capoeira e das raízes de nossa cultura. É o processo evolutivo sendo trabalhado
(pelo Mestre consciente) para difundir os fundamentos mais nobres da Capoeira,
além de ser o elo entre passado, presente e futuro.
E como se tornar um Mestre de Capoeira?
O ponto fundamental está justamente aí, em
“se tornar”. Não se pode simplesmente “formar” um Mestre, colocar uma corda em
sua cintura e sair para rodas e academias aplicando exercícios e golpes. Há de
se buscar conhecimento nas literaturas, nas viagens, conversar com mestres “da
velha guarda” que detém o conhecimento empírico (que está sumindo com o passar
do tempo), praticar os fundamentos no jogo, dedicar tempo, adquirir
experiência, enfim, viver a Capoeira ao lado de Mestres conscientes de seu
papel para então evoluir no tempo, desenvolvendo bons trabalhos, fortalecendo e
inovando as metodologias e desenvolvendo novos movimentos sem perder a essência
da raiz.
Prática esportiva pedagógica que desenvolve o
aspecto motor, físico, cognitivo e afetivo envolvendo a música, o ritmo, o
instrumento e o canto, promovendo a integração geral dos alunos. Pensando no
desenvolvimento integral do aluno. Desenvolvendo ampla base de experiências nos
diversos conteúdos que integram a Capoeira, para que os alunos desenvolvam a
apreciação e o envolvimento com a modalidade a curto, médio e principalmente, a
longo prazo. (SILVA, 1993).
Referências:
Referências:
http://escravidaocapoeira.com (acesso em
25.08.12 as 16h45minh)
http://www.capoeirapopular.se/?page_id=211
(acesso em 25.08.12 as 16h45minh)